A variante Ambrotipia,
elaborada por Ascher com a colaboração de Peter Wickens Fry,
consistia em um positivo direto, obtido com a chapa de colódio.
Branqueava-se um negativo sub-exposto de colódio, escurecia-se
o dorso com um tecido preto ou um verniz escuro, dando assim
a impressão de um positivo. Quando um negativo é colocado
sobre um fundo escuro com o lado da emulsão para cima, surge
uma imagem positiva graças à grande reflexão de luz da prata
metálica. Dessa maneira o negativo não podia mais ser copiado,
mas representava uma economia de tempo e dinheiro, pois se
eliminava a etapa de obtenção da cópia. O nome Ambrotipo foi
sugerido por Marcos A. Root, um daguerreotipista da Filadélfia,
sendo também usado este nome na Inglaterra. Na Europa era
geralmente chamado de Melainotipo. Os retratos pequenos, feitos
através deste processo, foram difundidos nos anos 50 até serem
superados pela moda das fotografias tipo "carte-de-visite".
Outra variação do processo
colódio, o chamado Ferrótipo ou Tintipo, produzia uma fotografia
acabada em menos tempo que o Ambrotipo. Há divergências
entre os autores quanto ao criador do processo; para uns,
o ferrótipo foi elaborado por Adolphe Alexandre Martin,
um mestre francês em 1853, para outros foi Hannibal L. Smith,
um professor de química da Universidade de Kenyon, quem
introduziu o processo. Este processo era constituído por
um negativo de chapa úmida de colódio com um fundo escuro
para a formação do positivo; mas ao invés de usar verniz
ou pano escuro, era utilizada uma filha de metal esmaltada
de preto ou marrom escuro, como suporte do colódio. O baixo
custo era devido aos materiais empregados e sua rapidez
decorria das novas soluções de processamento químico.
O ferrótipo desfrutou de grande
popularidade entre os fotógrafos nos Estados Unidos a partir
de 1860, quando começaram a aparecer os especialistas fazendo
fotos de crianças em praças públicas, famílias em piqueniques
e recém casados em porta de igrejas.
O inconveniente de todos os
processos por colódio era a utilização obrigatória de placas
úmidas. Idealizou-se várias maneiras de conservar o colódio
em estado pegajoso e sensível durante dias e semanas, de
forma que toda a manipulação química pudesse ser realizada
no laboratório do fotógrafo em sua casa, mas logo apareceu
o processo seco que substituiu o colódio rapidamente: a
gelatina.
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Ambrotipo
da Sra. Willian Blake 1854
Ambrotipo sem o fundo escuro
na metade da imagem, para mostrar o efeito positivo / negativo
em 1858
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