Fotógrafo
ciclista itinerante - por volta de 1870
Em
setembro de 1871, um médico e microscopista inglês, Richard
Leach Maddox, publicou no British Journal of Photograph, suas
experiências com uma emulsão de gelatina e brometo de prata
como substituto para o colódio. O resultado era uma chapa 180
vezes mais lenta que o processo úmido, mas aperfeiçoado e acelerado
por John Burgess, Richard Kennett e Charles Bennett, a placa
seca de gelatina estabelecia a era moderna do material fotográfico
fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade
de preparar as suas placas. Rapidamente várias firmas passaram
a fabricar placas de gelatina seca em quantidades industriais.
Burgess comercializou a emulsão
de brometo de prata e gelatina engarrafada, mas os resultados
não foram satisfatórios devido a presença de sub-produtos tais
como nitrato de potássio. Em 1873, Kennett vendia emulsões secas
e placas preparadas com bastante sensibilidade à luz. Em 1878,
Bennett publicou que conservando a emulsão a 32o
centígrados por quatro a sete dias, se produzia uma maturação
que aumentava a sensibilidade.
Richard
Leach Maddox, 1816 - 1902
Vogel
Em 1873, o professor de fotoquímica
em Berlin Hermann Wilhelm Voguel, descobriu que podia aumentar
a sensibilidade, a uma gama maior das radiações actínicas, quando
banhava a emulsão com certos corantes de anilina. Estas emulsões,
chamadas ortocromáticas, passaram a ser, além do azul, sensíveis
à cor verde. Em 1906 já era comercializada as emulsões pancromáticas,
sensíveis ao também à luz laranja e vermelha.
Fabricantes britânicos como Wratten
& Wainwrigth e The Liverpool Dry Plate Co., em 1880, monopolizaram
a fabricação de placas secas. Logo as fábricas de todos os países
passaram a imita-los, até que em 1883 quase nenhum fotógrafo
usava material de colódio. Na Alemanha, Otto Perutz,
de Munich em 1882, e a Agfa AG, de Berlin, em 1883 fabricavam
chapas secas de qualidade.
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