Casa geminada
da Vila de Funcionários
Fachada casa
da Vila de Funcionários
Vista Estação
de trem sentido Canguera
Placa ao lado
da Estação
Detalhe
da Estação de trem sentido Canguera
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Trilhos
adentrando a Reserva sentido Aldeinha
Casa
de pernoite dos funcionários da antiga FEPASA
Vista Estação
Trem
de carga FERROBAN
Entrada da Estação
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Essa estrada de ferro foi construída
como um ramal que liga a cidade de Mairinque a Santos pela
antiga estrada de ferro Sorocabana.
O estudo já era de anos anteriores, mas só foi
iniciada a construção em fins do ano de 1927
pelo então governador de São Paulo Júlio
Prestes de Albuquerque, natural da cidade de Itapetininga
- São Paulo.
O leito de construção no planalto, que era composto
de P.1 até P.19 que significa planalto 1 até
planalto 19, ou seja, de Mairinque até a Estação
de Evangelista de Souza (que era P.19), Caucaia do Alto estava
entre P.6 e P.7. O ramal até Caucaia foi inaugurado
em primeiro de maio de 1931. O trecho até a Aldeinha
foi inaugurado em 1932, até o Embu em 1934, Engo. Marsilac
e Evangelista em 1935.
O trecho entre Mairinque e Rio dos Campos que era Serra 22
que terminou o leito da linha em 1932. Como o leito do P.1
até P.19 ficou pronto em 1930, começaram então
a colocação dos trilhos até S.22 no ano
de 1934 e até o começo do ano de 1938, quando
terminaram os dois últimos viadutos na Serra e no mesmo
ano de 1938 foi inaugurada a linha de Mairinque a Santos,
quando passaram a circular todos os trens de carga que antes
utilizavam somente a antiga São Paulo Railway, Companhia
Inglesa.
Nessa época, corriam em média 45 trens em 24
horas. Trens de carga com as locomotivas a vapor, a famosa
Maria Fumaça consumiam de Mairinque a Santos em média
60 mts de lenha entre ida e volta, rebocando uma composição
mais ou menos de 8 a 10 vagões carregados, pesando
em média 300 toneladas e fazendo o percurso em média
de 8 a 9 horas.
Hoje em dia uma locomotiva reboca uma composição
correspondente a 10 trens daquela época.
Essa estrada de ferro foi construída somente com mão-de-obra,
ou seja, não existiam maquinários na época
e o Brasil não tinha mão-de-obra especializada
para essa construção. Vieram imigrantes portugueses
para colocação dos trilhos, e espanhóis
para serviços de pedra na construção
dos bueiros e aterros.
Nesses anos de construção, em todos os trechos
entre Caucaia e a Serra do Mar chovia constantemente, o que
causaria grande transtorno para o andamento das obras.
Hoje, a estação de trem de passageiros de Caucaia
do Alto encontra-se desativada. Somente cargas transitam pelos
trilhos privatizados pela Ferroban. O conjunto ferroviário
da estação de Caucaia ainda possui casas de
ex-funcionários da antiga Fepasa, hoje ocupadas por
alguns descendentes dos ferrroviários e outros que
locaram, além de uma casa em ruínas que funcionava
como pernoite para funcionários da Fepasa em trânsito.
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