Político e sacerdote brasileiro(São
Paulo SP, 03/08/1784 id., 10/11/1843). Senador e regente
do império no período de 12/10/1835 a 18/09/1837,
declarava-se filho de pais incógnitos. Ordenou-se
em 1809. Como padre e professor, viveu em Campinas e Itu, onde
se fixou em 1818. Foi deputado às cortes de Lisboa (1821-22),
formando no grupo brasileiro que se recusou a assinar a constituição
portuguesa. Deputado-geral (1826-31) logo após a abdicação
de D. Pedro I assumiu o ministério da Justiça, destacando-se
como sustentáculo da legalidade. Senador pelo Rio de Janeiro
(1833), elegeu-se regente em 1835, posto a que renunciou dois
anos depois. Presidente do Senado (1839), retirou-se à
sua província, participando da revolução
liberal de 1842. Preso e deportado para Vitória, obteve
licença para retornar a São Paulo, vindo a falecer
enquanto aguardava o pronunciamento do Senado. Pertencendo à
corrente moderada, que se opunha aos exaltados
(republicanos) e caramurus (restauradores), o Padre
Feijó é considerado um dos fundadores do partido
liberal. Perante a Igreja Católica, assumiu posição
não-ortodoxa, defendendo a abolição do celibato
clerical e a designação dos bispos pelo Estado.
Homem ríspido, inflexível, dispensava as honrarias,
tendo recusado a nomeação para bispo de Mariana.