N. S. da Penha
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Surgiu quando começaram
as viagens entre São Paulo e a vila de Sorocaba, como
uma pequena povoação de estrada, chamada Acutia.
Em 1713, sua localização se consolidou junto
à Capela de Nossa Senhora de Monte Serrate, precisamente
quando os Camargos, que haviam abandonado São Paulo
após a luta com os Pires, se instalarm na região.
O fundador da Capela foi o coronel Estevão Lopes de
Camargo. Segundo se apurou, o local da primitiva Acutia seria
o do atual Sítio do Mandú, tendo sido seus fundadores
Fernão Dias Paes e Gaspar de Godoi Moreira.
Em 1723, data assinalada no atual brasão de Cotia,
a capela do Monte Serrate foi elevada à categoria de
freguesia e desde então a história de São
Paulo registra inúmeras referências à
Cotia. Ali moravam os Camargos, ainda temidos em São
Paulo, e a freguesia fazia parte do 10o. distrito de paz da
capital da província.Assim a Independência encontrou
Cotia e somente em 2 de abril de 1856, época em que
foram criados inúmeros municípios paulistas,
é que Cotia foi elevada à categoria de vila.Desde
então tornou-se comum a grafia Cotia e já em
1842, as crônicas da Revolução Liberal
assinalam a participação da vila no levante
chefiado pelo Padre Feijó e pelo brigadeiro Tobias.
Em Cotia, acamparam as forças liberais que acamparam
no Pirajussara, posteriormente derrotadas nos Pinheiros pelo
então Barão de Caxias. Cotia viveu os últimos
anos do Império entregue à luta entre liberais
e conservadores. Na República, "jagunços",
ex-conservadores, e maragatos (ex-liberais) , eram as facções
políticas. No plano econômico, o município
continuava com sua pequena lavoura de subsistência.
Hoje Cotia faz parte da Região Metropolitana de São
Paulo, importante área remanescente do cinturão
verde paulistano e local protegido pela Lei dos Mananciais,
concentrados principalmente no seu distrito de Caucaia do
Alto, lugarejo cercado de montanhas, nas cumieiras da Serra
de Paranapiacaba. Cotia vive hoje realidades díspares,
representadas por um lado pela urbanidade de seus luxuosos
condomínios da Granja Vianna, por outro possui um pólo
industrial em contínua expansão, numeroso comércio
de pequeno e médio porte, e ainda uma enorme área
agrícola, tocada em parte pela comunidade japonesa,
principalmente com verduras e legumes, além de várias
estufas de flores e plantas ornamentais.
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